Fitoterapia

História da Fitoterapia no Brasil

A fitoterapia no Brasil tem raízes profundas e milenares. Desde os povos originários — como os Tupis, Guaranis e outros grupos indígenas — o uso de plantas medicinais sempre esteve presente como prática central de cuidado com a saúde, incorporando conhecimento empírico e espiritual sobre a flora nativa. Com a chegada dos colonizadores portugueses e dos africanos escravizados, formou-se um rico intercâmbio de saberes, dando origem à etnomedicina brasileira: uma combinação de tradições indígenas, europeias e africanas.

Ao longo dos séculos, esse conhecimento popular foi passado oralmente, muitas vezes marginalizado pela medicina acadêmica. No entanto, a partir do século XX, com o avanço da botânica, farmacognosia e farmacologia, a fitoterapia começou a ganhar reconhecimento científico. A criação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), em 2006, foi um marco na valorização da fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo acesso qualificado e seguro à população.

Formações Profissionais em Fitoterapia
O exercício profissional da fitoterapia no Brasil envolve diferentes níveis de formação, dependendo do escopo de atuação e das normas dos respectivos conselhos de classe. As principais formações incluem:
Disciplinas eletivas nos cursos de graduação
Cursos de Pós graduação em Fitoterapia
Cursos livres, ofertados por entidades reconhecidas como Emater, Escolas de formação profissional, etc.
Perspectivas de Trabalho

A fitoterapia cresce de forma significativa no Brasil, impulsionada pela valorização das Práticas Integrativas e Complementares (PICs), pela busca por tratamentos mais naturais e pela biodiversidade exuberante do país — que abriga mais de 20% das espécies vegetais do planeta.

As principais áreas de atuação incluem:
Sistema Único de Saúde (SUS): Em Unidades Básicas de Saúde (UBS) que adotam práticas integrativas, especialmente no Programa Nacional de Fitoterapia.
Consultórios e clínicas integrativas: Atendimento particular e individualizado.
Indústria farmacêutica e cosmética: No desenvolvimento de fitoterápicos, cosmecêuticos e suplementos à base de plantas.
Educação e pesquisa: Em universidades, centros de pesquisa e instituições que trabalham com etnobotânica, bioprospecção e desenvolvimento sustentável.
Empreendimentos rurais e comunitários: Produção de plantas medicinais, agroecologia, quintais terapêuticos e cooperativas de fitoterápicos.

Conclusão
A fitoterapia é uma prática milenar em constante renovação, que integra saberes tradicionais e ciência moderna. No Brasil, sua diversidade vegetal e cultural oferece um campo vasto para estudos, aplicação clínica e inovação. A valorização da fitoterapia é, portanto, uma ação estratégica de saúde pública, sustentabilidade e preservação dos saberes ancestrais.

O Conahom segue comprometido com a ética, a segurança e a qualificação profissional no uso terapêutico das plantas medicinais, promovendo a articulação entre ciência, tradição e políticas públicas.

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